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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

PROJETO SAÚDE SEM SUS E SEM DIMHEIRO - TRATAMENTO E PROGNÓSTICO



Após o diagnóstico é hora de elaborar um tratamento na medida pra você e predizer as possibilidades de melhora do quadro sintomático.

Como não somos médicos não podemos nos prescrever qualquer coisa. Mas NADA DE AUTOMEDICAÇÃO isso é importante deixar bem claro, as conseqüências da automedicação são drásticas. Então vamos elaborar um tratamento sem medicação

É fato que remédios são compostos químicos sintetizados em laboratório, mas é válido lembrar que podemos encontrar substâncias químicas na natureza e é possível introduzi-las em nosso organismo através da alimentação.

Passo a passo diagnóstico:
1.       Se os acometimentos não possuem ligação, trate-os separadamente
2.       Se conseguiu relacionar os acometimentos a uma única raiz dos problemas , trate exatamente a raiz dos problemas e não os sintomas.
3.       Descubra as substâncias que seu corpo precisa para combater o que foi diagnosticado.
4.       Descubra que alimentos, bebidas, loções possuem essas substâncias e em que quantidade.
5.       Elabore uma dieta saudável e introduza os alimentos ou o seu sumo na quantidade necessária.
6.       Se o acometimento for tópico pode ser possível utilizar os sumos como loção (mas fique atento para não atingir feridas (úlceras) e mucosas oculares (olhos). Se for o caso deixe pra depois quando for possível visitar um médico.
7.       Elabore um plano de exercícios físicos adequado a você. Lembre que algumas substâncias só são produzidas/liberadas quando fazemos atividades físicas.
8.       Mude de ambiente ou mude o ambiente. Se percebeu que o ambiente está te prejudicando de alguma forma, mude (elimine umidade, mude hábitos de higiene, animais de estimação, arrume a ventilação e iluminação natural, troque de lugar, etc.)
9.       Se a raiz dos problemas estiver no estresse, trate os hábitos, as atividades diárias (mude suas companhias, fique entre pessoas que você gosta, adquira uma atividade como terapia ocupacional, leia bons livros, escute mais suas músicas preferidas, fuja do trânsito, reduza sua carga horária no trabalho) e mantenha uma alimentação saudável aliada a prática de exercícios físicos



Passo a passo prognóstico:
1.       Estabeleça um limite de tempo para arrumar recursos financeiros para visitas médicas e exames (de preferência um tempo não muito longo)
2.       Este tempo é o que você tem para calcular a melhora dos sintomas que estará tratando.
3.       Dentro deste prazo deverá ser notada a melhora dos sintomas e algumas conseqüências benéficas.

4.       Anote tudo sempre, qualquer mudança por menor que seja. Se não surtir efeitos ajuste o tratamento.


quarta-feira, 2 de novembro de 2016

SEM SUS E SEM DINHEIRO - A SAGA #3 - DIAGNÓSTICO


Após estudos profundos e diversas análises é hora de fazer o diagnóstico. 
Muita responsabilidade é envolvida nesse processo. Nada de inventar nomes de doenças porque não sabe ou porque quer chamar a atenção. Isso é muito perigoso, devemos ser super racionais.

Provavelmente já conhecemos os nomes dos acometimentos que temos, mas sempre pesquise uma segunda vez. Como fazer o diagnóstico? Associe adequadamente as possíveis causas aos sintomas relatados e nomeie a manifestação.

Sim parece bem simples, mas é necessária uma carga enorme de informação para realizar este procedimento de maneira adequada e SEGURA. Se já possui alguns exames laboratoriais é preciso saber como interpretá-los corretamente. Biologia e matemática nunca foram tão necessárias!

Algumas conclusões para serem mais precisas vão precisar de exames adicionais, mas como não existe ainda a possibilidade de gastos financeiros e não há acesso a esse recurso pelo SUS por aqui então eles ficarão para depois.

É importante não ficar assustado com o que se descobre de si mesmo, no meu caso, eu tinha uma breve noção do que poderia encontrar, mas confesso que foi doloroso enfrentar a realidade e aceitar os problemas. Mas como a intenção é exatamente se descobrir para melhorar fiquei super contente, pois agora posso transformar minha realidade.

Compartilho aqui meu próprio diagnóstico em formato simplificado. Estou abrindo minha vida para a internet, mas é por uma boa causa! Ha, ha, ha.

RELAÇÕES:
A maioria dos sintomas é concomitante e interagem entre si. A maioria é possivelmente provocada por distúrbios hormonais (produção, distribuição – recepção, emissão em neurotransmissores, sinapses). Cujos distúrbios podem vir a ser provocados por má alimentação, exposição freqüente à situações de estresse, sedentarismo, desidratação, ou ainda por alguma seqüela traumática, tumor, síndrome ou acometimento psicológico.
Alguns sintomas parecem existir separadamente de outros embora muitas vezes eles coexistam.
Outros sintomas são típicos de vivência em ambientes que propiciam a proliferação de fungos e bactérias (úmidos e abafados, ou com falta de higiene – assepsia incorreta, animais de estimação) acarretando alergias, inflamações e infecções. Bem como alguns hábitos pessoais (comportamentais e de higiene)

DIAGNÓSTICO:
·         Depressão (com existência de distúrbios específicos) – necessidade de exames laboratoriais
·         Hipotireoidismo (leve) – necessidade de exames laboratoriais
·         Rinossinusite (crônica) – necessidade de tomografia computadorizada, evitar radiografia
·         Inflamação ocular (crônica não especificada podendo ser uma variação de blefarite e/ou variação de conjuntivite adquirida, ligada ou não à rinossinusite).
·         Obesidade
·         Imunossupressão (adquirida ou hereditária)
       ...........................................................................

No próximo episódio, tratamento e prognóstico.

domingo, 30 de outubro de 2016

SEM SUS E SEM DINHEIRO - A SAGA#2 - SINTOMAS



Tenho me analisando por algum tempo, percebido meu corpo e reconhecido suas necessidades. Também analisei meu modo de vida, alguns hábitos e comportamentos. Analisei minha casa, os ambientes que freqüento, as situações a que sou exposta, meu trabalho, minha alimentação.

Dediquei um bom tempo a essa análise, assim consegui detectar muitas coisas que passariam completamente despercebidas se não fosse esse tempinho dedicado a mim. Como tenho um conhecimento muito básico de anatomia humana e medicina geral fui me atualizar um pouco, fiz muito bem. Agora sou capaz de listar os problemas com maior abrangência e especificidade.

Se você embarcou no projeto saúde comigo é hora de listar seus problemas também. Não se acanhe, não deixe nada passar batido, liste desde aquele sentimento mais bobo ou chatinho, aquela tristeza que não vai embora até as modificações mais evidentes no seu corpo. Unhas, pele, cabelo, manchas, dores, tudo! 
 Aqui vai uma dica: separe os problemas por área e indique a freqüência e a intensidade com que eles ocorrem assim fica mais fácil analisá-los depois; por exemplo:
  • ·         Problemas relacionados aos sentimentos:
  •       Tristeza profunda (quase todos os dias da semana)
  • ·         Problemas relacionados ao corpo:
  •       Tremores nas mãos (involuntários, todas as manhãs)
  • ·         Problemas relacionados a cabeça:
  •       Dores de cabeça e nos olhos (leve, todos os dias)

Agora é hora de tentar relacionar os problemas (sintomas). Lembra daquela análise que falei no início? Vamos usá-la agora para tentar relacionar os problemas e identificar suas possíveis causas. Como já tive vários exames realizados sobre várias coisas durante a minha vida, tenho noção de que meu corpo possui algumas deficiências e posso relacioná-las aqui com alguns sintomas também, daí já vai facilitando.

Após entender os motivos de estar com determinados problemas é hora de ver se algum dos problemas é decorrente de outro. Lembre que é preciso encontrar a raiz, o cerne do problema e não apenas aliviar os sintomas separadamente, isso não resolve nada.

IMPORTANTE:
Garanta ter estudado cada um dos sintomas profundamente para conseguir fazer as relações com qualidade. É arriscado demais se você não tiver o conhecimento adequado.

Verifique o que pode não estar relacionado também. Lembre-se que podemos ser acometidos por mais de um problema (ou doença) por vez.
Ao final veja se bate com a análise do seu cotidiano.

Aqui vai um exemplo da minha própria listagem:

QUADRO SINTOMÁTICO
CORPO/MEMBROS
·         Cansaço
·         Falta de ar (esporadicamente)
·         Insônia
·         Dores no corpo, dores reumáticas (freqüente)
·         Alterações no ciclo menstrual
·         Falta de interesse sexual
CABEÇA / FACE
·         Dores de cabeça freqüentes
·         Dores nos olhos e aversão a luminosidade
·         Vermelhidão ao redor dos olhos e face
·         Olhos irritados, secos e sensíveis
·         Muco nasal purulento
·         Dor e pressão nas faces
·         Dentição fraca (amolecimento, clivagem e facilidade de cárie mesmo com cuidados)
·         Formigamento e coceira no couro cabeludo (esporadicamente)
·         Tremores no cérebro (esporádicos, súbitos e intensos)
MENTE
·         Perda de memória – mais relacionado à linguagem verbal
·         Incômodo ao estar em público ou ao ser confrontada
·         Tristeza permanente
·         Euforia súbita e efêmera
·         Mal humor
·         Desapego dos entes queridos
·         Falta de sensibilidade (nas emoções), amortecimento, o que chamam de coração de pedra, insensível
·         Planejamentos de suicídios (obsessão em estudar as formas indolores, rápidas e eficazes)
·         Auto estima oscilante
·         Humor oscilante (extremos)
·         Necessidade de escapar de onde se encontra (cenário amplo, não de um cômodo, por exemplo)
·         Raiva do mundo e tristeza por ter que viver nele

·         Vontade de fazer nada, ou só ficar na cama.
       .........................................................................

No próximo episódio é hora do diagnóstico.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

SEM SUS E SEM DINHEIRO - A SAGA #1 - O QUE FAZER?


Passei dos 30. Essa afirmação tem reverberado em minha mente há algum tempo, e devido a alguns problemas que o meu corpo tem enfrentado, decidi tomar uma decisão que pra mim foi radical. Vou passar a cuidar melhor da minha saúde. A idade vai chegando e a consciência vem junto.

 Pois é, mas o problema é que eu não tenho grana sequer pra pagar uma consulta, que dirá todos os gastos necessários pra fazer tudo isso (exames, remédios, consultas, etc.). Tentei partir para o SUS, mas infelizmente o atendimento pelo SUS da minha cidade é de uma infuncionalidade irritante. É ridículo ser humilhada numa espera medíocre e muitas vezes nem ter médico. Ou quando tem ele simplesmente pesquisa teus sintomas no Google, dá o diagnóstico assim sem nenhum exame, já prescreve um remédio e te dá como curado. Tudo em menos de 10 minutos.

Bem para contornar esses problemas resolvi ser médica de mim mesma. É óbvio que se fosse tão fácil e garantido não existiria faculdade de medicina (e ainda bem que existe), mas acontece que não confio no SUS e não tenho dinheiro pra pagar médico particular então vou fazer o melhor que eu posso com aquilo que eu tenho. 

E se por acaso você se animar a fazer o mesmo darei o maior apoio, deixe sua experiência e idéias nos comentários. Mas se você perceber que seus sintomas são emergenciais e requerem cuidados imediatos vá imediatamente ao hospital mais próximo, porque você não tem tempo pra lidar com o problema do jeito que estou propondo a mim mesma, você precisa ser atendido já.
O objetivo aqui é a melhora na qualidade de vida através da saúde e não estancar uma hemorragia ou consertar uma fratura, certo!

O que estou propondo a mim mesma e a quem quiser tentar é o seguinte:
·       *  Fazer a listagem de sintomas (com algum conhecimento sobre si mesmo e anatomia humana é possível descrever os sintomas com precisão);
·       * Relacionar as possíveis interações entre os sintomas um como conseqüência do outro e identificar o que pode não estar relacionado também;
·       *  Relacionar os sintomas ao ambiente de vivência, ao estilo de vida, hábitos, comportamento, situações atípicas, etc;
·       * Prover um diagnóstico e um prognóstico seguro por mais simples que seja. Ninguém aqui quer dar uma de louco e sair inventando doença pra si mesmo!
·       * Elaborar um tratamento (sem auto medicação pois é muito arriscado);
·       *  Fazer a verificação da melhora dos sintomas;
·       * Check up final;
·       *  Manter a qualidade de vida após sanar os problemas.

É claro que esse processo é meio lento pois é o corpo em transformação, portanto não acontece da noite pro dia. E nesse meio tempo vou guardando uma graninha pra fazer os exames laboratoriais que precisarei para o check up final.
Se você se interessar em fazer em fazer também lembre que é necessário um estudo aprofundado, utilize artigos acadêmicos, livros e não só aquelas olhadas em blogs de medicina ok. É o seu corpo, a sua saúde e a sua vida inteira que está em jogo, não seja preguiçoso com isso. Faça uso das diversas ferramentas de pesquisa e mãos à obra.
Use sempre bons dicionários de medicina, existem alguns que são on-line de fácil acesso. Não tome por certo os significados em dicionários comuns com verbetes de uso vulgar (aqueles que indicam o uso popular do termo) pois estes significados não servem para os jargões da medicina que serão encontrados aos montes.

No próximo episódio desta saga, farei a listagem dos meus sintomas e as possíveis causas, de maneira que você possa listar os seus também.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
É a transformação econômica e social que ocorreu no cenário europeu no século XVIII (18) onde o modo de produção das mercadorias passou de artesanal para industrial.
Por exemplo, ao invés de um artesão receber o pelo da ovelha, fiar a lã, tingi-la e tricotar uma blusa levando cerca de dias no processo todo, as máquinas fariam o movimento da fiação, do tricot, da costura, enfim, Você não tem noção do quanto isso revolucionou a economia e a sociedade europeia.
Com as novas tecnologias podendo ser desenvolvidas, os burgueses passaram a investir neste setor (atitudes herdadas do renascimento, lembra-se dos mecenas?)  
Os Enclosurers acts leis de cercamentos dos campos na Inglaterra promoveram um êxodo rural proporcionando um farto número de mão de obra nos centros urbanos que ficaram superlotados (especialmente Londres), Estes centros urbanos não tinham infraestrutura suficiente para abrigar decentemente um número tão alto de pessoas pobres.
Estas pessoas viviam em ruelas estreitas sujas, escuras, algumas famílias dividiam pequenos cômodos, havia infestação de ratos pela cidade, muitas doenças se espalhavam facilmente como se retornassem à Idade Média. Os desabrigados acabavam morrendo nas ruas e os seus corpos não recebiam cuidados, eram avistados por todos enquanto os vermes o comiam.
Esta cena era comum não só em Londres, mas em todos os centros urbanos europeus que estavam passando pelo processo de industrialização. Era algo típico do processo, assim como é típico em todo o planeta que países capitalistas possuam desigualdade social. Não está atrelado a apenas uma localidade.
As cidades contavam com bom número de pessoas que passaram a vender sua mão de obra. Assim já podemos visualizar uma nova relação trabalhista onde os personagens são aqueles que são donos dos meios de produção (burguês , capitalista) e aqueles que não tem posses e vendem sua mão de obra (trabalhadores, proletários).
Inclusive o uso da palavra proletário ou proletariado vem justamente deste período histórico. As famílias pobres colocavam seus filhos (prole) para trabalhar desde muito cedo, às vezes alguns pais mais “visionários” acabavam decidindo produzir mais filhos (prole) para que mais integrantes da família trabalhassem e trouxessem mais dinheiro para casa. Ledo engano. Dessa maneira o termo proletariado designa a classe trabalhadora.
O novo modo de  produção das coisas era muito mais veloz, isso significava mais produtos em menos tempo, mais venda e mais lucro, consequentemente este lucro seria investido em novas máquinas aumentando o poder de capital do burgueses proprietários.
Este se torna um marco divisor na sociedade humana tanto em relação de trabalho como no consumo de mercadorias.
Sobre as novas relações de trabalho, foi inaugurada a relação patrão e empregado (o dono do meio de produção e aquele que vende sua mão de obra para ser usada em um período de tempo numa atividade).
Com relação ao consumo, as pessoas passaram a ter mais produtos à disposição que satisfizessem suas necessidades e lhes economizavam tempo para exercer outras atividades. Tente imaginar sua vida atualmente sem produtos industrializados e perceberá o quanto a indústria é importante (logo ficará grato a Revolução Industrial). Pense em ter de produzir artesanalmente o tecido e fazer sua própria roupa, criar seu gado e sua plantação pra se alimentar, elaborar sua própria pasta de dentes e papel higiênico, conseguiria produzir seu próprio celular e computador? Teria de viajar a cavalo pra ser rápido... Não teria muito tempo para lazer ou estudos certo? Portanto há muitos benefícios no mundo industrializado.
Inegavelmente há consequências negativas da Revolução industrial, poluição, extração indiscriminada de recursos naturais, conflitos de nível mundial por mercado consumidor e áreas ricas em recursos, desigualdade social, etc...
Com relação às máquinas, o maior sucesso eram as máquinas a vapor. A extração de carvão principalmente nas colônias inglesas na América estava a mil. Foram criadas estradas de ferro e a primeira locomotiva a vapor. Há relatos que você consideraria hilários sobre quão letal seria viajar a 30 ou 60 km por hora, como os olhos poderiam saltar fora das órbitas, ou como estariam voando sem asas quando passassem por um trilho em desfiladeiro...
Enfim, este é apenas um pequeno texto sobre os historiadores consideram a primeira fase da Revolução Industrial. Não é um assunto acabado principalmente por ainda vivermos uma revolução na indústria , tem muita coisa ainda a se falar sobre isso, mais fica para a próxima.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  DICA DE ESTUDOS: REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Da transformação do processo de produção de mercadorias às relação sociais humanas, do século VXIII aos mundo contemporâneo.

Dicas de Leitura:

“O Capital” de Karl Marx – qualquer edição com texto na íntegra.
“Da revolução industrial ao imperialismo inglês” de Eric J. Hobsbawm – qualquer edição com texto na íntegra.
“A terceira revolução industrial” de Jeremy Rifkin – 1ª edição em português, 2014.
“Oliver Twist” de Charles Dickens – qualquer edição com texto na íntegra.

Dicas de filmes:

“O germinal” de Claude Berri - 1993
“Oliver twist”  de Roman Polanski – 2005 ou de David Lean – 1948
“Tempos Modernos” de Charlie Chaplin - 1936


segunda-feira, 17 de outubro de 2016

SURTO FEMINISTA - TIREI O SUTIÃ NO ROLÊ

Imagem: South Park, Central Comedy

Estava eu lá na baladinha rocker toda feliz esperando a banda tocar. Tava um calor de matar e eu estava usando um sutiã de silicone, por baixo da blusa óbvio, desses que não tem alças e colam na pele sabe? Dizem ser bons e confortáveis.

De repente comecei a suar, o sutiã foi descolando aos poucos, aquela coisa caindo e coçando. Fui algumas vezes no banheiro pra arrumar e a banda já estava tocando as músicas que eu gosto, comecei a ficar irritada. E são nesses momentos de irritação que eu começo a filosofar com meus botões.

Por que eu tenho que usar sutiã se me incomoda? Por que preciso esconder o bico dos seios? Ou deixar o peito empinado? Produzir uma bela embalagem para deixar o conteúdo em exposição para ser levado por alguém? Não. Jamais! Que mal faria se não usasse? Nenhum.

Me dei conta de que não preciso ostentar belos seios guardados no sutiã, tampouco quero deixá-los a mostra é claro. Uma blusa já cumpre o objetivo. Se eu for fazer uma atividade física que balance demais e cause alguma ruptura epitelial ou dores daí eu uso, mas até lá não quero usar, não me sinto confortável, e não falo só dos sutiãs de silicone não, falo de todos os tipos.

Foi então que pela última vez fui ao banheiro àquela noite e resgatei meu empoderamento feminino. Arranquei aquele troço inimigo e ofertei às colegas do banheiro me desculpando:
“Perdão gurias, mas alguém quer um sutiã de silicone preto? Como eu não ou obrigada a nada resolvi tirar e jogar fora, mas se alguém aqui quiser, estou dando.”

Uma colega se identificou, repetiu o jargão concordando que eu não era obrigada a nada mesmo, elogiou meu look de biquinhos salientes e ficou com meu sutiã!

Não que eu estivesse incentivando seu uso, mas sei que tem gente que gosta e não vê problemas como eu vejo. Então por que jogar no lixo algo novo e funcionando antes de oferecer para alguém não é mesmo? Vamos ser consumidores responsáveis também!

E esse foi mais um dos meus pequenos surtos feministas, que não fazem mal a sociedade e me abrem um novo horizonte sempre!

Géssica Francine da Rosa

terça-feira, 11 de outubro de 2016

GNÓSTICO E AGNÓSTICO - FALANDO EM TERMOS #2

Imagem: Mayra Fernandes

Mais uma vez desfacelando a ignorância, trago aqui alguns significados de termos que geram polêmica.

GNOSE ou GNOSIS de origem grega significa “conhecer”, “conhecimento” também usado como “intelectual”, logo um gnóstico é aquele que conhece (já chegaremos no quê).

AGNOSE ou AGNOSIS se refere à falta de conhecimento, lembrando sempre que o prefixo A antes do radical significa uma negação, uma falta. Logo um agnóstico é aquele que não conhece (já chegaremos no quê).

Gnosis é um termo grego para conhecimento mais voltado ao empirismo e se diferencia da episteme que é um conhecimento científico. As pessoas usam os termos gnóstico e agnóstico para identificar posicionamentos religiosos.

Os gnósticos seriam aqueles que crêem conhecer (deus ou qualquer entidade superior) através de experiências de vida, e montam um estilo de vida onde o conhecimento (ainda que empírico) tenta gerar equilíbrio e qualidade na vivência.

Os agnósticos são aqueles que não acreditam que a existência de deus(es) possa ser comprovada pelo conhecimento, mas podem crer na sua existência.

Quadrinho para memorizar:

GNÓSTICO: do termo grego gnosis acredita que tem o conhecimento sobre deus(es) a centelha divina do ser humano.
AGNÓSTICO: acredita ser impossível que o conhecimento possa provar a existência de deus(es).

Dica de vivência. Portanto:
  • ·         Ser gnóstico não significa ser cristão;
  • ·         Ser agnóstico não significa ser ateu;
  • ·         As pessoas podem crer em deus(es) e serem agnósticas;
  • ·         A mistura dos termos é confusa e inevitável
  • ·         Você pode ser ateu e agnóstico, mas saiba que vai ser encarado como o maior indeciso de todos os tempos!

TEÍSMO, ATEÍSMO, MONOTEÍSMO, POLITEÍSMO - FALANDO EM TERMOS #1

Imagem: ateísmoparacristianos.blogspot.com

Hoje para sanar certas dúvidas que geram polêmica, trago o significado de alguns termos.

Segundo os vários dicionários já consultados o termo teísmo vem do grego Théos = nosso equivalente a Deus e quer significar a crença em deus e em sua interferência no universo. Ou seja se você acredita em algum deus ou deuses você é teísta.

Existem religiões e crenças que consideram a existência de vários deuses, como o hinduísmo, o xamanismo, o xintoísmo entre outras. Estas religiões e o os povos que as professam são chamados de politeístas pois praticam o politeísmo. Poli = vários teísmo= crença em deus; logo, crença em vários deuses.

Já as religiões que Crêem na existência de um único deus, como o cristianismo, o islamismo, o judaísmo, o zoroastrismo, entre outras, são monoteístas, praticam o monoteísmo. Já deu para adivinhar o por quê? Mono= um Teísmo= crença em deus, logo é a crença em um deus só.

Agora se você não professa qualquer religião e não tem crença em divindade alguma você está praticando o Ateísmo, lembra das aulinhas de língua portuguesa? Eis a nossa origem grega. Quando a raiz da palavra é acompanha do prefixo A vai indicar uma negação, a falta de algo, assim, A = sem, teísmo = crença em deus (ou deuses). Logo aquele que não crê na existência de deus ou deuses é ateísta, ou ateu na forma mais comum do adjetivo.

Aqui vai um quadrinho para memorizar:

TEÍSMO: crença em deus ou deuses
MONOTEÍSMO: crença em um único deus
POLITEÍSMO: crença em vários deuses
ATEÍSMO: não crença em deus ou deuses

Dica de convivência. Aprenda que:
·        
  •     Chamar um ateu de satanista é um equivoco;
  • ·         O politeísmo já dominou o planeta e suas religiões são professadas há muito mais tempo que do que as religiões monoteístas;
  • ·         Ser monoteísta não significa ser cristão;
  • ·         Ser cristão não significa ser católico;
  • ·         Ser ateu não significa ser pagão;
  • ·         Ser pagão não é ser parente dos seres da floresta;
  • ·         Ser ateu não te leva ao inferno, pois você nem acredita nele;
  • ·         Ser judeu não significa ser rico;
  • ·         Tentar converter raramente funciona;
  • ·         Se perdeu uma amizade por intolerância, perdeu por idiotice.

sábado, 24 de setembro de 2016

COMO FUNCIONAM AS ELEIÇÕES? SISTEMAS MAJORITÁRIO E PROPORCIONAL

As eleições no Brasil acontecem de duas formas: sistema majoritário e sistema proporcional.
O sistema majoritário é mais fácil de entender. Serve para eleger prefeitos, governadores, senadores e presidentes. O candidato é eleito pela maioria dos votos, simples assim!
 Porém, nas eleições para governador e presidente ou em municípios com mais de 200.000 eleitores pode haver 2º turno se a maioria não atingir 50% do total de votos válidos.
O sistema proporcional serve para vereadores e deputados (o legislativo). Mas antes de qualquer coisa é preciso compreender que a população é representada por partidos e seus ideais, não exatamente por pessoas.  Assim este sistema garante maior representatividade da população.
Pense comigo. Você compartilha alguns ideais com determinado partido e quer ser representado por ele e preferencialmente pelo candidato daquele partido que você escolheu. Mas se o seu candidato não for eleito, o voto que foi dado a ele vai para o partido dele dando mais chances de você ser representado pelo partido que escolheu. Bem, esta é a bela teoria, mas vamos ver isto na prática!
COMO SÃO CALCULADOS OS VOTOS DOS VEREADORES COMO SABER QUEM FOI ELEITO DE FATO?
Bem, vamos precisar da nossa amiga matemática agora. Mas não se assuste, é moleza!
Primeiro temos que descobrir quais partidos terão direito a ocupar as vagas de vereador. Para isso vamos usar a fórmula do Quociente Eleitoral.
Nº total de votos válidos / Nº de vagas disponíveis (na minha cidade são 13) se não souber quantas vagas sua cidade oferece, procure na lei orgânica de seu município no site: www.leismunicipais.com.br  
Partido A
  4.700
Coligação B
12.680
Partido C
  1.430 
Partido D
     920
Branco                             
    370
Nulo
    240
Total de votos válidos
19.730
Exemplo do cálculo:                                          
19.730/13 = 1.517,69230... Este é o quociente eleitoral. Todo partido que consegui conquistar mais de 1.517 votos tem direito de ocupar as vagas de vereador. No caso apenas o partido A e a coligação B terão direito. É por isso que os partidos adoram fazer coligações!
Ok. Agora precisamos saber quantas vagas cada partido vai poder preencher (Quociente Partidário), para isto usamos esta fórmula:
Nº de votos do partido / Quociente Eleitoral
Exemplo:
Partido A: 4.700 / 1.517 = 3 (tem direito a 3 vagas) lembre que não existe meia vaga de vereador, portanto o resultado tem que ser inteiro.
Coligação B: 12.680 / 1.517 =  8 (tem direito a 8 vagas)
Mas peraí,  foram ocupadas 11 vagas mas o município oferece 13, como é que fica?
As vagas remanescentes são distribuídas uma por vez através de um cálculo de média de cada partido eleito.  Assim:
Nº de votos do partido / vagas conquistadas até agora + 1
Exemplo:
Partido A: 4.700 /(3+1) = 1.175
Coligação B: 12.680 / (8+1) = 1.409
A primeira vaga que está sobrando vai para a Coligação B que agora possui  9 vagas.
Agora a próxima vaga. Repete-se a operação, sempre utilizando o número de vagas já conquistadas.
Exemplo:
Partido A: 4.700 / (3+1) = 1.175
Coligação B: 12.680 / (9+1) = 1.268
E a segunda vaga que estava sobrando vai para a coligação B novamente!
Totalizando assim  10 vagas de vereador para a coligação B e 3 vagas para o partido A.

Os candidatos tem de ter recebido pelo menos 10% do total de votos do partido para serem efetivamente eleitos para as vagas.                                                                

terça-feira, 20 de setembro de 2016

TIPOS DE ELEITORES



# 1 - O “VOTE CERTO”: é o típico eleitor que pensa compreender os “reais” problemas da população, acha que sabe tudo de política e sempre te empurra o candidato dele goela baixo dizendo: “não vai votar errado”, “vamos votar pra ganhar”, ”vote certo, vote fulano de tal”!
# 2 - O “PODE NÃO PODE”: este é outro que quer mostrar que entende tudo sobre política, mas que você percebe que é um ignorante no assunto. Fala um monte de palavras “difíceis” que ele deve ter acabado de ouvir e muitas vezes nem sabe o que significam. Ele sempre está por dentro das regras, mas não sabe explicar nada só repete que tal coisa pode tal coisa não pode.
#3 - O “ATIVISTA REBELDE”:  aquele eleitor que faz voto de protesto, quer transgredir a lei eleitoral fazendo protesto no colégio eleitoral no dia da votação, quer fazer grupinho pra anular os votos e tentar inutilmente anular as eleições.
#4 – “O MARIA VAI COM AS OUTRAS”: esse vota em quem a família vai votar, ou em quem o amigo vai votar, ou em quem o vizinho vai votar, ou o namorado(a), esposo(a), primo(a)...
#5 – O “ARROZ DE FESTA” OU ELEITOR “CARNE ASSADA”:  esse cara vota no candidato que mais  promover reuniões com comilança, pão com lingüiça, carne assada, café da tarde chá com biscoito. Já que showmício não pode mais ele apela para as reuniões que tem carne assada. Tem uma ‘carninha’ na campanha ele ta votando!
#6 – O “ELEITOR DE UM MILHÃO DE VOTOS”: um do tipos mais queridos dos candidatos em campanha. Qualquer candidato ou seus cabos eleitorais que falam com este tipo de eleitor ou mostram a proposta ele já está votando, apareceram vários candidatos no portão deste cara, ele ouve todos até o fim (mesmo sem muito saco) e em todos ele diz que vai votar...
#7 - O “ROLEIRO”:  aquele que diz que vota no candidato que conseguir uma coisa que ele ta precisando, um poste, uma CNH, um telhado, uma dentadura, uma prótese, um sacolão, etc. E ainda arruma votos de outras pessoas para barganhar no rolo.
#8 - O “HOSPITALEIRO”: nada a ver com boas vindas, esse tipo de eleitor vota no cara que levou ele pro hospital quando precisou, ou no cara que arrumou ambulância pro parente, que reduziu o tempo de espera de sua cirurgia, ou que conseguiu uma consulta com o especialista porque tá difícil esperar na fila do postinho de saúde.
#9 – O “MARCHADOR”:  aquele que num pleito vota na direita porque só assim pra botar ordem na casa e no  pleito seguinte vota na esquerda porque não deu certo e só radicalizando é que as coisas vão mudar. Direita, esquerda, direita, esquerda...
#10 – O “INDECISO”:   nunca sabe em quem votar, por vezes acha que o fulano é o melhor mas tem medo de arriscar, ou não gostou das propostas do candidato mas o outro é de um partido que não lhe agrada. O fato é que esse eleitor vai esperar até o último minuto para fazer a melhor escolha e adivinhem... Acaba votando no candidato do primeiro santinho que ele encontrar no chão a caminho da votação. 
                                                                                                                                                                                                                                                            Num país tão diverso como este é lógico que existem muito mais exemplos (hilários ou não) de eleitores. Mas vamos nos lembrar de que ao votar estamos selecionando os administradores da nossa casa maior que são nossas cidades, estados e este país, portanto seja um eleitor consciente!                                                                                                                                                                                                                               Imagem: William Medeiros       www.william.com.br                                                                          

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

DIETA, DEPRESSÃO, EVOLUÇÃO E FILOSOFIA - OI?

Ultimamente tenho me sentido incomodada com a minha imagem exterior e meu comportamento, àquilo que estou atrelada por viver neste mundo contemporâneo tão cheio de demanda e tão vazio de si.
Meu comportamento por mais que eu cuide é modelado pelas condições sociais que se apresentam a mim. Mesmo vivendo nestas condições e consciente delas, eu não gosto. É como se aquele “perigoso” vazio reflexivo que algumas pessoas só desenvolvem em tempos de férias andasse comigo 24 horas por dia. É angustiante não ter alternativas seguras de mudança ao constatar que a vida até aqui não foi vivida do jeito que eu gostaria.

 Não gosto de não ter alternativas e ainda por cima a vida é cheia de paradoxos. Como os pais que trabalham demais para dar sustentar a família e não tem tempo para os filhos, mas se diminuem o ritmo do trabalho não conseguem prover a sobrevivência deles. E a solução deste impasse não lhes cabe. Ou fazer dieta gerando estresse que consome a glicose necessária ao autocontrole para resistir às tentações.

 Quando você anda fora do padrão comportamental que a sociedade construiu você é encarado como possuidor de algum problema e se transforma muitas vezes num imã de conseqüências negativas, mesmo quando você tenta pensar diferente, fora da caixa. Acaba tendo que engolir o mantra que criou para se sentir melhor com o mundo: “pelo menos sou consciente e por isso vivo melhor que os outros”

 Foi então que tomei uma decisão. Infame, indigna perto de outras que poderiam ser consideradas, mas ainda assim uma decisão minha, portanto respeitosa. Mudarei minha imagem física para ela se adaptar melhor ao que sou no meu interior, ainda que o espelho jamais consiga refletir isso.

Não significa mudar quem sou e sim como me mostro. Tem mais a ver com comportamento social do que com autoconhecimento. Estou falando de dieta sim e também de corte de cabelo, coloração, textura de pele, vestes do corpo, etc. “Mas isso tudo é tão superficial, ugh!” Óbvio que é superficial, isso é imagem física. Não me sinto bem ao me importar com essas coisas, mas a decisão já está tomada e foi bem pensada em termos de tempo, saúde e comportamento.

Toda essa cadência depressiva que faz parte do meu ser cresce cada vez que tenho 10 minutos de extrema felicidade por comer uma pizza ou cachorro quente ou uma lasanha ou tudo ao mesmo tempo com um delicioso drinque docíssimo e alcoólico para acompanhar! Naturalmente associada ao funcionamento cerebral, a má alimentação colabora com o aumento da depressão e é nesta situação em que eu me encontro. É engraçada a tendência de o mundo ficar pior e menos habitável cada vez que engordo.

Legal fazer dieta mudar o shape, ser saudável. Porém, só para variar, os dados são desanimadores. O organismo humano não evoluiu para aceitação de dietas e apenas 1% das pessoas que fazem dieta consegue manter o peso e sua rotina alimentar. Temos tudo contra nós! Além da gigantesca oferta alimentícia do ambiente moderno, nosso cérebro – era para esse cara ajudar não era?- entende que o nosso peso máximo é o ideal e vai fazer você querer comer, comer e comer até regressar ao peso que tinha antes da dieta, tudo para que mantenha sua reserva de energia em caso de período de fome. Bela resposta evolutiva!

Poxa cérebro, seu atrasado, o ser humano não passa mais períodos de fome tá sabendo? A não ser em alguns locais da África nesse caso você tem a obrigação moral de ir fazer seu trabalho lá, não aqui. Obrigado por nada!

Já a ansiedade, super realçada nos indivíduos modernos, dado o padrão social no qual vivemos, aumenta as chances de adquirir hábitos compulsivos. Por isso que o foco da mudança da imagem física não pode ser a alimentação, tem que ser algo como atividades físicas, atividades intelectuais, sociais, mas não a comida!

 É mais fácil não ceder à tentação de uma pizza gigante se eu não estiver com a atenção voltada a ela o tempo todo. Ou ainda, quando você faz novos amigos e desenvolve novos interesses é mais fácil resistir à tentação do docíssimo, alcoólico e delicioso drinque com os amigos que detestam o mundo tanto quanto você.

Mas não nos deixemos enganar, pois o paradoxo não foi embora, tampouco resolvido. Apenas agora o foco é outro. Ainda que a imagem transmita de maneira mais efetiva quem eu seja, eu preciso ser alguma coisa, alguém. E a construção do ser é permanente! Nunca se esqueça.




Informações científicas sobre dietas:
Cláudia Feitosa-Santana: pós doutora em neurociência integrada, doutora em neurociências e comportamento, mestre em psicologia experimental.

imagem: Vida Morgada, do blog medicinaunp.blogspot.com
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